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Mostrando postagens de agosto, 2010

Casa suja, chão sujo

- O que deu em você? - Quero que você entenda o que você faz comigo! - O que eu faço com você? Para, porra! Para com isso! - Tá... cansei... Silêncio. Os dois sentados no sofá olhando pro nada. - Você é maluca, sabia? - Ué! Por quê? - Há, olha essa casa! Você quer mesmo que eu responda? - Quero! - Eu sei lá, você chegou dizendo que tava morrendo de saudade. Sentamos aqui, começamos a conversar e, DO NADA, você levanta e sai bagunçando a casa inteira! O que deu em você, mulher? - Já falei! queria que você entendesse o que você faz comigo! Ele olhou pra ela sem entender. - O que EU faço com você? Tá, então me diz: O QUE eu faço com você? Poxa, eu não consigo te entender! Nunca... - É, eu sei que não. Na verdade, eu às vezes faço um monte de besteiras e tudo por agir por impulso, faço tudo errado. E disso você sabe, não sabe? Mas... eu precisava fazer você ver! Eu já estava ficando sem alternativas, entende? Você chegou e bagunçou tudo na minha vida. Eu tinha a casa em ordem, tudo em

Em verdade te digo

"Em verdade te digo que não foi naquela hora  que te pertenci: quando me tomaste em teus braços poderosos  e me tiveste sob teus beijos e tua respiração. Em verdade te digo que não foi naquela hora mas quando, diante do teu, surgiu meu espírito livre e novo de rebento inquieto deste século e descobrimos todas as comunhões das nossas almas. Quando conheceste as minhas derrotas  e disseste que eram triunfos. Quando viste pulsar meu coração nu e o festejaste. Quando soubeste que nem sempre os teus pensamentos são os meus pensamentos nem os teus caminhos são os meus caminhos Mas o amor brilhou como nunca em tua face e me surpreendeste com a torrente de palavras de que eu tinha sede desde a minha primeira hora consciente. Foi quando te pertenci."  Maura de Senna Pereira

O vento, a chuva e as luzes da cidade

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Posso pedir para você ficar um pouco mais? Eu não consigo explicar direito, mas acho que a falta de espaço aqui dentro, a chuva e o vento lá fora já não são as coisas mais importantes... Descobri que não consigo ir embora porque todos os pedaços de mim que ainda estavam espalhados por aí estão enfim voltando ao seu lugar. Eu descobri isso depois de... eu não me lembro, acho que foi de repente. Então posso pedir para você ficar? É que sempre que você vai embora, leva consigo um pedacinho de mim...

As flores que te deram...

Sempre foi fácil manter a pose de quem acha tudo bonito e não tem nada na cabeça, né? Sempre foi mais fácil fugir do que enfrentar, esconder do que mostrar... não é?  Não te ensinaram a ser forte? Você soube manter o roteiro até agora, menina. Então cadê aquele lado atriz que você tinha pra sorrir quando você queria sumir? Sumiu?  Olha, menina, não adianta querer fugir. Essas histórias todas que você sempre tenta ignorar são a sua vida e foram elas que te transformaram em quem você é hoje, você sabe disso. Você me prometeu que não ia voltar a ser como era antes, não prometeu? Prometeu que nunca mais ia ficar assim, prometeu que ia ser forte e que ia aproveitar o dia . Você lembra? Eu lembro, menina. Foi quando te deram flores... São poucas as pessoas que conhecem nossa história, eu sei, e acho até bom que seja assim... Mas tente ser forte de novo, não quero te ver triste. Eu sei que às vezes não é tão simples, mas tente seguir o roteiro, ok? Sorria mesmo quando quiser fugir, e lembr

Você precisa ter coragem

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MEDO: me.do (ê) sm (lat metu) 1  Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror.  2  Apreensão.  3  Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável. sm pl Gestos ou visagens que causam susto O pescador tem medo de sair em alto mar e voltar sem ao menos uma sardinha solitária em alguma das suas redes. Eu, a sardinha apavorada, tenho medo de ficar presa na rede de algum pescador. O Mágico tem medo que a mágica dê errado e que o coelho não saia da cartola. Eu, o coelho com medo de gente, tenho medo de sair do meu mundinho. O palhaço tem medo que o público não ache graça das suas piadas, não chore de rir com suas palhaçadas. Eu, a piada sem graça, tenho medo de chorar quando  algum palhaço rir  as pessoas rirem de mim. O jogador de roleta tem medo de apostar no número errado e perder todas as fichas. Eu tenho medo de jogar. A criança tem medo de tirar as rodinhas da