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Mostrando postagens de junho, 2008

Fugir

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Vida vaga. Cheia de medos e falhas. E a luz distante da realidade. Olho sempre pra frente, mas o lado que eu olho é sempre o lado errado. Eu sigo sempre em frente, de encontro à parede. Eu sigo, em frente. Eu vivo. Estado vegetativo -de mente. A realidade é do outro lado. Fácil perceber, basta querer enxergar. Mas não, eu ali parada em frente à porta, presa a um mundo que eu, alienada, criei para me proteger -de nada. Um mundo que eu tomei como verdade. Medo, puro medo. Insegurança que todos sentem. Parada em frente à porta com medo de sair. O que você está dizendo? Não entendo. Vejo milhões de vasos sem nenhuma flor. O que eu estou fazendo? Preciso furgir, sair daqui. Ou simplesmente ficar, e aceitar. Ver a vida passar, apenas assistir. Milhões de vasos. Eu sou um vaso de barro, modelado de forma errônea. Por culpa de quem? Ninguém. Eu não tenho flor, nenhuma flor.

Crepúsculo

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Tô procurando uma caneta pra escrever, tô procurando um papel pra rabiscar, tô procurando um livro pra ler, tô procurando e não consigo me encontrar. Tô procurando algo pra esquecer, tô procurando o tempo pra voltar, tô procurando alguém pra entender, tô procurando minhas histórias pra contar. Não me encontro mais, e quase desisti. É um crepúsculo vermelho-sangue, um mar de olhos já com ondas prestes a se arrebentar. Tô procurando o fim de tarde, to vendo o azul e esperando o laranja. Tô procurando alguém que escute o que tenho pra falar. Contar que minhas feridas ainda abertas nunca cicatrizam. Que às vezes me sinto dormente, outras vezes a dor aguda me corta. Poucos conhecem os reais motivos, pouquíssimos já viram o que há por trás da máscara. Tiro lições de tudo que vivo. Se vivo, tem um motivo. Descubro o motivo e faço dele lição. Por esses dias, fazem mais 365 dias que procuro lições. Por esses dias, fazem 1095 dias que não sou mais a mesma. Eu estou olhando pro azul, esperando

Muito Obrigada

De todas as coisas que eu podia ter dito, eu disse "tá, tudo bem". De todas as coisas que eu ter feito, não fiz nada. Deixei que tudo fosse como tinha de ser. Sem perdas, sem danos, sem traumas. Eu precisava dizer que valeu muito a pena, todo esse tempo, mas não disse. Só pedi pra você se cuidar, como sempre fiz, e mais nada. Não tinha nada pra se dizer. Tá tudo bem agora. Na verdade, eu não sei bem o que aconteceu. Não choro, e não fico pensando nisso com imaginei que faria. Às vezes olho minhas mãos vazias e a única coisa que me vem em mente é: "Muito obrigada". passei a ver as coisas de outra forma, como nunca pensei que veria Eu sinto muito se não fui como imaginou que fosse. Acho que confundi as coisas. Talvez não fosse isso exatamente o que você queria, talvez não fosse isso que EU queria, mas não me arrependo, de nada. No fundo, eu sabia. Tinha alguma coisa que gritava comigo, como há muito não acontecia. Tive medo, eu nunca tinha me enganado antes, como n