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Mostrando postagens de setembro, 2010

Sinto Caio f.

" Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo , sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso . " Caio Fernando Abreu Sinto e tenho sentido Caio f. enlouquecidamente. E assim tem sido por toda a minha vida, a diferença é que antes eu não sabia que ele me (des)escrevia tão bem.

Sensações

“Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança. Mas só fico aqui parado, sem sentir nada, sem pedir nada, sem querer nada.” - Caio Fernando Abreu in: Pequenas Epifanias -

Reticências

Não consigo organizar as palavras num texto nem as idéias e pensamentos na cabeça e tudo vai rodando e rodando e lá fora as pessoas andando na calçada enquanto eu olho pela janela do ônibus e tudo vai ficando pra trás queria que alguém entendesse a bagunça aqui dentro  e por isso não uso vírgulas nem pontos mas parece que isso não faz nenhum sentido pra ninguém além de mim e tudo que eu achei que sentia e na verdade não sinto queria gostar e brincar que minha vida é uma montanha-russa quando na verdade não é e eu não sei se eu gostava da possibilidade de gostar ou do gosto do cheiro que eu vou sentir falta mesmo sabendo que a falta que vou sentir não é falta de sentir mas falta de achar que sente e as coisas todas que eu não consigo explicar e não consigo dizer que não e sempre aceito e aceito sempre porque no fundo concordo com tudo que é dito não por mim mas por alguém que me lê como se eu fosse um monte de palavras soltas e consegue montar as frases que eu mesma não consigo ah e co

Cada um tem seus motivos pra morrer

Mesmo que sejam motivos pequenos e até bobos, cada um tem pelo menos um motivo que faz perder um pedacinho dentro de si. Cada outro tem sua forma de achar os motivos, e matar os pedacinhos que vivem dentro deste um. Porque, sempre, cada um tem seus motivos pra morrer e cada outro o seu jeitinho de matar.