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Mostrando postagens de março, 2012

Pra se perder

Ciúme eu que achava que era imune descobri que não sou mais - Você é normal, afinal... Sempre achei estranho esse negócio de sentir sem tamanho mas não sentir assim, nenhum medinho nada, um tantinho de perder Per der o que? O que nunca tive? Coisa mais sem sentido Ciúme do que não foi perdido mas que também não é meu que da minha parte é querido mas e da outra parte? Perigo Perigo de não saber dizer se é sim ou se é não Perigo de não querer o que tem nome doce coração Rima minha é rima torta mas que sirva de aviso se não quer ficar, que vá embora de vez e não me venha mais com teu sorriso que minha parte é querido mas tua parte é o que? amigo só isso "Pra se perder no abismo que é pensar e sentir" Los Hermanos

Amor é fogo que arde sem se ver

E continuava brincando com fogo. Mas fogo é imprevisível: aquece e conforta, mas também machuca quem não toma cuidado. O vendaval que der na telha faz a chama se alastrar, destruir o que servir de combustível. Aparece perigoso em um momento e, numa mudança de vento, vira brasa. Acaba, vira pó. Deixando um rastro de cinza e fumaça. - Avisa ele, menina! Avisa que brincando com fogo vai acabar se queimando...  Pois é, avisei. E quem não sabe brincar ou se queima ou faz o fogo se apagar.

Porque eu gostava de escrever

Era uma dessas manhãs de segunda-feira em que, só pra variar, eu chegava atrasada na aula. Eu pensava que ia fazer aquela disciplina só por fazer, porque era obrigada, e sabia que possivelmente eu não iria seguir a profissão na qual iria me formar. Pois é, indo até o fim de um curso de quatro anos para não trabalhar naquilo.  Uns diziam que era loucura, perda de tempo. Outros me perguntavam o porque de insistir em algo que eu mesma sabia que não tinha muito futuro. A verdade é que eu não sei, nunca soube. Talvez eu não tivesse mesmo a ver com essa coisa de apuração e reportagem, mas mesmo correndo o risco de não usar nada daquilo depois, eu permanecia ali. Era como um vício do qual eu não conseguia me libertar. Quanto mais eu tentava fugir, mais perto do final e mais "presa" àquilo eu estava.  A sensação que eu tinha é que eu era a mulher traída, mas perdidamente apaixonada pelo traidor. Pensar naquilo como uma profissão me deixava um tanto perdida, da mesma forma

Porque eu gostava de ler

Tem um vazio tão grande aqui dentro, como se me faltasse inspiração... Mas não, só faltam as palavras escreve apaga escreve escreve apaga pára Será que desaprendi a sentir? Ou foi essa tal de objetividade que calou o que eu sentia antes de tudo isso começar?