A vida é um filme que conta várias histórias em uma só. Às vezes é aquele filme de ação, às vezes é comédia, romance, drama. Às vezes uma coisa leva à outra. É um filme com muitas histórias protagonizadas por várias pessoas diferentes à medida que a vida passa. A vida é um filme, sim. O problema é que nesse filme, cada cena é exibida somente uma vez. Às vezes também se transforma em um desses filmes que, quando você menos espera, já saíram de cartaz. Ela não é como um DVD onde você pode ver as melhores cenas ou ver finais alternativos para uma mesma história. Você não pode ver a sua vida comentada pelo Criador do roteiro dizendo: "Pensei em fazer você viver essa cena assim por esse e aquele motivo". Apesar de você ser o diretor, você nunca sabe porque certas coisas acontecem de determinada forma. E aí vem a troca de capítulos. Depois de fazer coisas que você nunca pensou que faria, de não ver resultados e de enjoar do drama, você decide por um ponto final no que acabou se...
Amar: palavra que termina com o ar que a gente perde quando vê o ser amado, quando sabe o que é ser amado. Começa com a primeira letra do alfabeto, como quem diz: "Sou o amor e te darei muitas palavras e histórias pra contar daqui pra frente". Beijos, chamegos e carinhos, dengos... E se eu amar em inglês? Love. Troque a segunda letra por "i" e descubra que amar é viver... e é aí que começa o drama. Aí que começam as minhas teorias (nem tão) revolucionárias sobre o amor e os "relacionamentos sérios" . Pura e simplesmente porque tem gente que confunde "amar é viver" com "amar é vivermos um a vida do outro". Sou uma daquelas pessoas que acreditam no amor. O amor puro e simples. O amor que não carrega os estigmas aos quais a maioria dos relacionamentos atuais estão condenados. O amor sem correntes, o amor que te faz voar. Amor pela revolução, amor que revoluciona a vida e que te faz viver, querer sempre mais. Que te dá a liberdade de qu...
Foi embora do mesmo jeito que veio: em silêncio, devagar. Um dia eu acordei e vi que não havia sobrado mais nada. Te encontrei e você pareceu mais longe, um tanto fora de foco. Aquele frio da barriga se escondeu no bolso do meu casaco e o coração não correu pra boca por achar o peito um lugar mais confortável, por achar que não havia mais nada a dizer. Eu tinha um monte de expectativas, achava que teria um fim rápido e dolorido como outrora, mas não. Foi uma dor parecida com aquela que você sente quando faz uma tatuagem: contínua e de baixa intensidade. Você sofre um pouco no começo, depois se sente apenas desconfortável, em seguida se acostuma com ela e quando vê, passou. A tatuagem está pronta, o amor foi embora. Ficou só uma marca que vai estar sempre ali. Com o tempo você olha para o que ficou e quase não lembra mais da dor. Ela vai parecendo muito menor e você quer outra tatuagem, sem se importar se vai sofrer de novo ou não. Vai colecionando marcas, que algumas vezes doem mai...