Paralelamente
Eu me sinto feliz. É estranho, porque não tenho motivos, mas me peguei suspirando. E não, não tenho ninguém que me faça suspirar. Há tempos não há. Há tempos não sinto aquele frio na barriga, a vontade de rir à toa, borboletas no estômago. Há tempos só sonho com os olhos fechados, mas estou feliz.
Há tempos, também, não escrevo sobre coisas felizes. Realmente felizes, eu digo. Porque tristeza, saudade, quase-amores, desamores... parece que tudo isso traz mais inspiração. Não que saudade seja algo ruim, mas ainda sinto saudade de olhares e sorrisos.
Sinto, sim, mas fazer o quê? Cada um segue seu rumo. As vidas se separam e se reencontram o tempo inteiro, mas acho que aquele sorriso, sabe, AQUELE sorriso em especial provavelmente seguiu um caminho diferente do meu para não mais me reencontrar. Acho muito bom, até. Às vezes acho, às vezes tenho certeza, de que seguimos caminhos diferentes, mas paralelos. Um sabe do outro, mas cada um segue sua vida. E vejo que matemática nunca fez tanto sentido pra mim: "Retas paralelas são retas que nunca se cruzam".
Pode parecer estranho, mas este é um texto feliz. Eu estou feliz, aqui com minha saudade. Com um aperto por saber que não posso voltar atrás ou parar no tempo, mas feliz por saber que vivi algo do que possa me lembrar e sentir falta. Muita falta. Não só daquele sorriso, mas de outros abraços. Abraços que dividiram parte dos seus dias comigo durante algum tempo. É, sinto falta de tudo isso. Sinto falta todas as manhãs. E "o sentimento não se termina"... nunca se termina.
São muitas linhas paralelas, mas ainda prefiro viver paralelamente do que começar em um vértice, e dali as linhas seguirem por rumos onde a distância só faz aumentar. A questão é: houve um ponto de encontro, mas, por algum motivo, agora somos retas paralelas. Todos nós. E matemática, física, ou seja lá o que for que explique esse fenômeno bizarro de retas, vértices e afins, nunca fez sentido pra mim. Bom, e agora menos ainda, mas acho que é uma boa analogia.
É. Estou feliz sem razão, suspiro sem motivos, falo coisas sem sentido, mas fazer o quê? Cada um segue seu rumo. E eu sigo no meu mundo paralelo a todas essas linhas que nunca mais vão se cruzar.
Há tempos, também, não escrevo sobre coisas felizes. Realmente felizes, eu digo. Porque tristeza, saudade, quase-amores, desamores... parece que tudo isso traz mais inspiração. Não que saudade seja algo ruim, mas ainda sinto saudade de olhares e sorrisos.
Sinto, sim, mas fazer o quê? Cada um segue seu rumo. As vidas se separam e se reencontram o tempo inteiro, mas acho que aquele sorriso, sabe, AQUELE sorriso em especial provavelmente seguiu um caminho diferente do meu para não mais me reencontrar. Acho muito bom, até. Às vezes acho, às vezes tenho certeza, de que seguimos caminhos diferentes, mas paralelos. Um sabe do outro, mas cada um segue sua vida. E vejo que matemática nunca fez tanto sentido pra mim: "Retas paralelas são retas que nunca se cruzam".
Pode parecer estranho, mas este é um texto feliz. Eu estou feliz, aqui com minha saudade. Com um aperto por saber que não posso voltar atrás ou parar no tempo, mas feliz por saber que vivi algo do que possa me lembrar e sentir falta. Muita falta. Não só daquele sorriso, mas de outros abraços. Abraços que dividiram parte dos seus dias comigo durante algum tempo. É, sinto falta de tudo isso. Sinto falta todas as manhãs. E "o sentimento não se termina"... nunca se termina.
São muitas linhas paralelas, mas ainda prefiro viver paralelamente do que começar em um vértice, e dali as linhas seguirem por rumos onde a distância só faz aumentar. A questão é: houve um ponto de encontro, mas, por algum motivo, agora somos retas paralelas. Todos nós. E matemática, física, ou seja lá o que for que explique esse fenômeno bizarro de retas, vértices e afins, nunca fez sentido pra mim. Bom, e agora menos ainda, mas acho que é uma boa analogia.
É. Estou feliz sem razão, suspiro sem motivos, falo coisas sem sentido, mas fazer o quê? Cada um segue seu rumo. E eu sigo no meu mundo paralelo a todas essas linhas que nunca mais vão se cruzar.
03 de maio de 2009